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Um novo reajuste do óleo diesel, como o último de 25%, pode ser o estopim para uma nova greve dos caminhoneiros em nível nacional. A informação foi dada por Claudinei Habacuque, um dos líderes da categoria.
Ele explica que, em decorrência da pandemia e agora da guerra entre Rússia e Ucrânia, os caminhoneiros autônomos decidiram trabalhar com percentual baixo de lucro para não afetar ainda mais a vida das pessoas.
“Nós entendemos que não é um problema só do país é sim mundial, embora desde 2018 não tenha tido reajuste nos fretes, a os caminhoneiros ainda sobrevivem ao aumento de pedágios, tributos e diesel”, explicou. “Mas parar, neste momento, chutar o bolde, acabar com tudo porque 98% do transporte hoje é feito em rodovias”, completou.
Habacuque afirma que esse último reajuste de 25% no diesel poderia ter sido fracionado. “Já mandaram uma bala no peito do caminheiro. “Se Deus o livre esse óleo diesel tiver mais um aumento, que nem esse de 25%, vai ser automático, apenas vai virar a chave”, alertou se referindo a uma nova paralisação.
“Não é só caminheiro autônomo que está em crise, as empresas de transporte também. Hoje 70% delas estão penduradas com impostos que não conseguem pagar, ou paga imposto, ou paga funcionário”, concluiu.
No país são 4,5 milhões de caminheiros autônomos. A greve de 2018 foi deflagrada, entre 21 e 30 de maio de 2020, pelos caminhoneiros autônomos (sem liderança definida), Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil) e Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros). Caos e desabastecimento geral marcaram a paralisação. Na pauta de reivindicações estavam redução no preço do diesel e isenção de pedágio de eixos suspensos.
Fonte webdiario.com.br