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Nº 12 – Pilando a verdade com o Prof. Pilão – Atualizado em 27/12/2022
Aqueles que me acompanham aqui na coluna “Pilando a Verdade com o Prof. Pilão” já sabem que não sou bolsonarista, aliás, considero o presidente pouco político e até mesmo inadequado no trato com as pessoas, mas, não é por isso que posso considerar normal e justificável nosso país ter como presidente um indivíduo recém saído da cadeia por uma simples falha processual, em pleno cumprimento da pena e com um histórico de corrupção fartamente comprovado.
Hoje, passado o Natal, entramos na última semana do governo Bolsonaro e no final dos preparativos para a posse do novo governo Lula, o terceiro do futuro presidente e com cara de segundo de Dilma, o que considero uma temeridade…
Sei que o nosso texto de hoje é sobre o Governo de Transição, e da situação do país pós eleições, e iremos fazê-lo, mas, não posso me furtar em comentar o ocorrido nas últimas duas semanas que separam nosso texto Nº 11 do de hoje, alguns fatos precisam ser pontuados. Vamos a eles:
O primeiro é que, embora absolutamente legal, foi uma bofetada na cara dos brasileiros a diplomação da chapa Lula e Alckmin do dia 08/12, com os discursos de Lula e Moraes que de tão alinhadinhos que estavam, transpareciam uma combinação de colegiais que treinaram para fazer um seminário e agradar ao professor que os ouvia e não ao público a que era destinado – o povo brasileiro.
Os discursos de ambos foram novamente um verdadeiro acinte à democracia falaram novamente somente aos correligionários de ambos, que aliás, parecem ser os mesmos. Gozado, ministro do supremo tem correligionários?!?!?!
A verdade é que atitudes assim só profundaram a ideia de uma nação dividida que já deveria ter sido amenizada pelo presidente eleito, mas, que continua presente em todos os seus discursos desde a posse.
Com relação a autoridade judicial que os diplomou ela também compartilha da ideia do “nós contra eles”, a pergunta é: eles quem? O povo brasileiro? Com qual objetivo? Aumentar a divisão e a discórdia para acabar de vez com qualquer pensamento divergente do deles na sociedade?
Aliás, outra fala absurda do ministro ocorreu em 14/12/2022, no “4º Seminário STF em ação”, quando Dias Toffoli disse que após a invasão do Capitólio “964 pessoas foram detidas e acusadas de crimes”, no que Moraes completou dizendo em seu discurso, discurso de ministro presidente do TSE, que após o período eleitoral no Brasil ainda “há muita gente para prender e muita multa para aplicar”, isso em meio a risadas e aplausos dos presentes. Lamentável ministro…
Com relação ao “eles”, continuam acampados nas portas dos quartéis, sem direção, considerando-se lesados em seu direito de transparência do processo e solicitando que se comprovem os resultados das eleições, o que não ocorrerá jamais enquanto não forem alteradas as formas de controle do processo em vigor, já que não mostram contraprova possível para qualquer indício levantado.
Um resultado não desejado, mas já esperado desse processo, foi um imbecil, que se diz bolsonarista, ter montado um artefato explosivo para ser detonado próximo a um caminhão de combustível, afim de causar o caos e assim chamar atenção e ser ouvido – para ele e para todos os envolvidos só há um destino, a cadeia e, de preferência, com cumprimento integral da pena. Isso é inconcebível.
Entretanto, vale lembrar que qualquer pessoa em sã consciência sabe que quando um grupo de pessoas questionam, protestam, porque entendem que estão sendo lesadas em seus direitos, não se pode simplesmente encurrala-los e pressiona-los, exigindo que aceitem aquilo no que não acreditam pela força.
É necessário que eles tenham respostas lógicas, plausíveis, sob pena da perda da razão e do revide, como o desse imbecil com a bomba – para esses cadeia, para os demais, respostas e comprovações, mas, não parece ser o que o ministro pretende fazer: “ainda há muita gente para prender…”, Deus nos proteja.
Bem, em nosso texto Nº 11 fizemos um apanhado dos resultados do governo Bolsonaro, demonstrando as conquistas obtidas e dissemos que hoje iriamos traçar rapidamente um panorama do Brasil a partir do início da transição.
Por enquanto o que vemos não é um quadro dos melhores, o futuro presidente parece não tomar os devidos cuidados para unir o Brasil e aproveitar as boas conquistas obtidas pelo governo atual. Vamos a alguns fatos:
Isso me deixou muito esperançoso!
Ora, ele repete aos sete ventos que o seu primeiro mandato foi brilhante o que, em verdade, foi muito bom! E por que? Pela “herança maldita” que recebeu do governo anterior, com todas as condições postas para que pudesse levantar voo.
Se repetir a dose de “herança maldita” teremos ótimos resultados, aliás, é o que desejamos, e provável que aconteça, já que ele receberá de Bolsonaro a terra totalmente arada, irrigada e com as mudas plantadas para gerar bons frutos.
Isso porque, apesar das condições econômicas mundiais não serem tão boas quanto em 2002, quando tínhamos uma demanda enorme por commodities e a China crescendo a porcentagens inimagináveis, cerca de 9% ao ano, ainda assim, espera-se da China um crescimento de 3,2% e de cerca de 3% do Brasil, o que são condições excelentes para um futuro promissor, lembrando de novo: é claro que desde que Lula não faça nenhuma besteira.
Por fim, não se assustem se ouvirem nos noticiários, ainda por muito tempo, por parte do futuro Governo Lula, que está tudo errado, que nada foi feito, que foi tudo “desmantelado”, que está uma bagunça… Isso é a pura verdade, é claro!
Afinal, o governo que sai tem uma concepção de gestão mais liberal, voltada para liberdade econômica, com privatizações, menor intervenção do Estado e o crescimento impulsionado pelo governo via iniciativa privada, com crescimento do PIB, superavit primário, aumento recorde de exportações, emprego e renda.
Enquanto o novo governo, entra com uma a visão muito mais estatizante, a de que o crescimento terá que vir impulsionado por investimentos do Estado, ou seja, menos mercado, menos liberdade econômica, mais máquina pública, mais impostos – só de cara teremos que trabalhar para pagar 37 ministérios…
Só um lembrete: as declarações destemperadas do Governo de transição já custaram à Petrobrás, até a primeira semana de dezembro, uma perda de R$184 bilhões em valor de mercado, e o governo eleito está tendo que vender cargos e ministérios para os partidos para conseguir uma PEC de R$145 bilhões…
Interessante não?!?