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Os discursos são dele, mas, e os feitos são dele? e são bons?
Nº 18 – Pilando a verdade com o Prof. Pilão – 06/08/2023
Recebi de um amigo, que não vou identificar porque não solicitei autorização para isso, um post com o seguinte texto, que transcrevo abaixo:
7 MOTIVOS PARA FESTEJAR OS 7 MESES DE LULA:
E ele fecha o post dizendo “Faz um L e comemore o governo Lula!”
Indiscutivelmente a maioria dessas informações são muito boas, mesmo assim, resolvi usar este espaço para discutir um pouco essas notícias, que carecem de uma pilada de verdade para separar o joio do trigo, ou separar o que é, do que não é, exatamente um bom resultado do governo Lula.
Lembrando que bom ou ruim são aspectos qualitativos, portanto, é importante, aliás, imprescindível, saber: em relação a que? Como o fetiche de Lula e dos lulistas é o Bolsonaro, acredito que essa seja a base, já que se usar o governo Dilma os resultados seriam substancialmente melhores…
Antes de começarmos a pontuar especificamente cada fato, aproveito para informar àqueles que quiserem ler: no dia 28/07/2023, publicamos, aqui nesta coluna o nosso texto Nº 17, com o título “A quem interessam os novos programas do Governo”, mostrando o que são e quem se beneficia deles.
Mas, voltemos ao post desse meu amigo, e aos fatos, porém, sem nos esquecermos que uma questão importantíssima, já que nossa análise é qualitativa é o cenário de ambos os governos.
Bolsonaro em quatro anos de governo teve dois anos de Covid e um terceiro ano com o início da guerra na Ucrânia.
Lula assume com um superavit de R$54 bilhões, o primeiro depois de dez anos, e com o mundo retomando a normalidade. A Covid já equacionada e a guerra na Ucrânia, embora persista, o mundo já se adaptou a maioria dos problemas de abastecimentos produzidos por ela no seu início, ou seja, são dois cenários muito diferentes, um de caos e outro de bonança.
Com relação à bolsa, os 119.219 pontos de ontem, representam um acréscimo de 8,94% do valor herdado do governo Bolsonaro, que foi de 109.734 pontos correspondente a dezembro/2022 – a diferença de percentual do apontado no post pode ser justificada pela data que foram feitos os cálculos, a bolsa é muito volátil, em um dia a diferença pode ser grande.
Mas, essa não é a questão, a questão a ser discutida para medir o sucesso é a base de cálculo. Como dissemos, Lula recebeu de Bolsonaro a bolsa com 109.734, enquanto Bolsonaro recebeu a bolsa de Temer com 87.887 pontos, portanto, alavancou o índice em 24,86%, em meio a uma pandemia e uma guerra, assim, para se igualarem Lula teria que levar a bolsa a 137.013 pontos. Isso é possível, claro que sim, e torcemos para que isso aconteça.
A ANP pesquisa constantemente esses preços e, em 2022, o preço médio do litro de gasolina estava em R$4,96 por litro, o preço do diesel em R$ 5,02 por litro e a do gás de cozinha era de R$100,95 por 13Kgs.
A pesquisa da ANP ocorre em milhares de postos e pontos de venda por todo o Brasil. Queda estranha a do Lula, não consegui entender?!?! E vocês…
É bom destacar uma coisa, essa brincadeira de mexer nos preços dos combustíveis, dissociando-os da paridade internacional, já custou à Petrobras uma queda nos lucros de 47% no primeiro semestre, são quase R$30 bilhões. Só lembrando, mais da metade desse dinheiro voltaria para o governo, o maior acionista da companhia, que poderia utilizá-lo em suas políticas sociais.
Repito só estranhei, pois, como liberal que sou, com ou sem carteira, eu acho ótimo que tenhamos empregos, eu gosto é de ver gente trabalhando!
Antes de tudo deixo claro que a Reforma Tributária é muito importante para o desenvolvimento econômico do Brasil, porém, também é importante ressaltar que ela pode ter efeitos bastante negativos para muitos setores.
O principal motivo disso é forma como ela está sendo conduzida pelo governo Lula, muitos dos parlamentares não sabem nem qual foi o texto que votaram em 1º turno, tiveram cerca de 30 minutos para votar depois que o texto final foi entregue na Câmara, assim, fica a pergunta: Qual reforma?
A que fará com que os empresários passem a ter mais burocracia nos próximos anos, já que a unificação dos impostos federais será implantada definitivamente em 2027, os estaduais e municipais em 2028, para começarem a ser extintos em 2029? A previsão da implantação total é para 2033…
Pois é, nesse meio tempo, além de administrar o IPI, PIS, COFINS, ICMS e o ISS, que não saem de circulação de imediato, também terão que administrar o CBS – Contribuição sobre bens e serviços e o IBS – Imposto sobre bens e serviços? Aliás, de que alíquota?
Bem, quanto a alíquota? Ninguém sabe, só o que sabemos é que este governo tem propensão a gastar muito, e os ministros Hadad e Tebet já informaram que terão que arrecadar mais R$150 bilhões para fechar as contas, só neste primeiro semestre o rombo já está em R$42,5 bilhões.
Outra questão que ninguém fala, se o texto da reforma for mantido, o governo poderá criar impostos específicos sem se reportar ao congresso, vai vendo, olha o aumento de impostos aí gente…
Precisava de uma reforma tributária? Claro que sim, mas dessa forma, com cobrança centralizada, tirando a autonomia dos estados e municípios de terem sua parte da arrecadação em suas mãos no momento da cobrança, para ser repartida posteriormente segundo um Conselho? Como? Com qual Conselho? Administrado pelo governo federal? Olha o pires na mão aí gente…
O pior é que o arcabouço fiscal deixou explícita a intenção: crescimento contínuo das despesas em no mínimo 0,6% ao ano, mesmo que o PIB não cresça. Vai tirar o dinheiro de onde? Olha o golpe do imposto aí gente…
Bem, o que nos resta é esperar que os deputados e senadores tenham bom sendo e passem a discutir a reforma antes de votá-la em segundo turno, caso contrário para mudar as regras poderemos levar outros 30 ou 40 anos.
Vamos torcer, embora eu não esteja esperançoso com coisas boas, já que o governo Lula já reservou dois ministérios e mais R$10 bilhões, além dos já liberados no primeiro turno, para as emendas secretas a serem liberados nas proximidades da votação em segundo turno.
E ficam as perguntas: por que será que o governo Lula quer tanto aprovar esta reforma, da forma como está? Como ficará o pacto federativo com a centralização das arrecadações? Por que emprenhar tanto gasto nisto?