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Os nove anos da maior chacina ocorrida nas ruas do estado de São Paulo foram marcados, mais uma vez, pelas lágrimas e pela luta do Movimento de Mães de Osasco e Barueri, na tarde de sábado (17).
Os manifestantes saíram numa caminhada em silêncio que percorreu as ruas do bairro Jardim Mutinga, em Osasco. Com faixas estampando os rostos dos inocentes que tiveram as vidas arrancadas pela violência do Estado, o protesto se encerrou no local conhecido como Praça da Alagoinha, na divisa dos dois municípios.
A Chacina de Osasco e Barueri deixou 27 mortos e 8 feridos entre os dias 8 e 13 de agosto de 2015, nas cidades de Osasco, Barueri, Carapicuíba e Itapevi, segundo estudos da Unifesp. Uma das ações, em um bar de Osasco, foi flagrada por câmeras de segurança.
Em dezembro de 2015, o MPSP denunciou quatro policiais e um GCM pelas mortes. Os ex-PMs Fabrício Eleutério e Thiago Henklain foram condenados em 2017 a 255 e 247 anos de reclusão em regime fechado, respectivamente. Eles foram considerados responsáveis pela morte de 17 pessoas e por deixarem outras sete feridas.
Pelas mesmas mortes, o GCM Sérgio Manhanhã foi condenado em 2017 a 110 anos de prisão. No ano seguinte, Victor Cristilder Silva dos Santos recebeu pena de 119 anos. Cristilder e Manhanhã foram absolvidos em fevereiro de 2021 em um júri popular que durou cinco dias.
O novo julgamento ocorreu após a 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo ter anulado as condenações da dupla por entender que a decisão foi contrária à prova dos autos. FONTE: ponte.org