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Nº 21 – Pilando a verdade com o Prof. Pilão –02/01/2024
Olá amigos, quando estiverem lendo este texto, o amanhecer de 2024 já terá acontecido em todas as partes do planeta, esperamos que ele venha repleto de coisas boas para todos nós! Afinal, estamos precisando e, como disse o poeta:
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante tudo vai ser diferente.
O texto de autoria desconhecida, muitas vezes atribuído ao jornalista Roberto Pompeou de Toledo, e tantas outras ao poeta Carlos Drummond de Andrade, ressalta a importância do recomeço, da força que ele pode dar às nossas vidas, e é isso que esperamos de 2024, esperamos que toda vibração positiva, emanada por todo o planeta, nos traga um ano repleto de coisas boas!
Claro que o texto poderia ser de autoria de qualquer um deles, já que a genialidade para o escrever não lhes faltaram, mas o que importa é que o texto é simplesmente perfeito, para expressar nossos sentimos nesta época do ano – uma semana de celebrações para a renovação da vida, que começa com a chegada do Pequeno Menino e termina com a chegada de um novo ano, com todos desejando votos de melhores dias para o ano que está chegando.
Para o Brasil a esperança também é de dias melhores, embora não sejam fáceis, haja vista que em 2023 tínhamos tudo para ter um ano muito melhor, a estrada estava totalmente pavimentada para isso, mas, no meio do caminho os percalços acabaram diminuindo as expectativas, os resultados caíram, mas nós brasileiros teimamos e transformamos em boas notícias o final do ano e, nos últimos meses algumas realmente vieram.
O Brasil é muito forte, costumo dizer que se não atrapalhassem ele tinha tudo para dar certo, se errassem um pouco também, o importante é não errarem muito…
Vejam vocês, o mercado financeiro fechou o ano com bons números, mesmo com toda força que fizeram para que isso não acontecesse, a nossa bolsa de valores, a B3, fechou o ano aos 134.046, um índice excelente para um ano tão conturbado.
O PIB também acabará tendo um bom desempenho, ao que tudo indica provavelmente teremos um crescimento de quase 3% em 2023, igualando os resultados excelentes de 2022, é pouco para as condições encontradas pela atual gestão, já que no ano anterior saímos de uma pandemia e do início de uma guerra, mas o agro ajudou e, provavelmente, repetiremos o bom desempenho do ano anterior.
O dólar depois do susto inicial do novo governo, que o elevou a uma cotação de R$5,45 em janeiro de 2023, arrefeceu e andou de lado, como se costuma dizer no mercado, durante todo ao ano encerrando cotado a R$4,852. Ainda não dá para ir para a Disney, mas, é melhor do que o mercado esperava que eram R$5,00.
Os resultados vieram surpreendendo positivamente os juros, por exemplo, no último pregão do ano fecharam em alta, pressionados pela inflação doméstica, mas, eles vêm caindo pregão atrás de pregão, e o mercado já o contrata a uma taxa anual de 9% para o final de 2024, ainda é muito, mas é uma queda significativa, graças ao excelente trabalho realizado por Campos Neto à frente do Banco Central.
Com relação à inflação anual, como eu disse ela deve subir em dezembro, o IPCA-15, que é uma prévia da inflação anual divulgado esta semana, trouxe uma alta de preços de 0,40% para o mês, o que provavelmente elevará a inflação anual para 4,72% – um pouco acima das expectativas para o ano que era de 4,6%.
Segundo a Pnad Contínua do IBGE, o índice que mede a taxa de desocupação da população economicamente ativa fechou no trimestre móvel encerrado em novembro/2023 em 7,5% – um leve recuo em relação ao final de 2022, que foi 7,9%.
Pelos dados divulgados neste final de ano percebe-se que o mundo enxerga no Brasil um ótimo lugar para aplicar seu dinheiro, só para se ter uma ideia, até junho/2023 já tinham entrado na nossa bolsa mais de R$20 bilhões em moeda estrangeira, com os acontecimentos e as falas de Lula afirmando que não iríamos cumprir o déficit zero, prometido durante o governo de transição, os “gringos” retiraram da B3 cerca de R$17 bilhões, os valores caíram próximos a R$4 bi em outubro/2023.
Com o Ministro da Fazenda Fernando Hadad literalmente correndo atrás de arrecadação, criando e aumentando impostos, tributando até pensamentos, para demonstrar que o Brasil pretende cumprir o déficit zero, o dinheiro começou a voltar à bolsa e nos últimos dois meses já estamos com um acumulado de mais de R$44 bi, aliás, é este o motivo dos bons resultados da bolsa em novembro e dezembro/23.
O problema fica para nós brasileiros que iremos pagar as contas, o mercado de fora não olha para o varejo da política, para eles interessam apenas as projeções e grandes números, mas, para nós que vivemos esse dia a dia, ao que parece, 2024 não será nada fácil…
Por exemplo, ao apagar das luzes, depois o Congresso fechado para recesso, o Ministro Hadad divulgou, em 29 de dezembro 2023, os dados de uma MP-Medida Provisória, com novos impostos para gerar receitas para equilibrar as contas do governo em 2024, com o déficit zero “cobrado pelo mercado”. A MP em questão trata das limitações de compensações de impostos cobrados a maior pelo governo e já ganhos na justiça pelas empresas, e da reoneração da folha de pagamentos de salários dos 17 setores da economia que mais empregam, indo contra uma Lei recém aprovada pelo Congresso que mantinham a desoneração até 2027.
Se você ainda não viu esta notícia, sinto informar, mas, a sua empresa poderá ter que pagar de 10 a 15% a mais de impostos do que o previsto já em abril/2024, e saiba que o seu emprego pode estar em risco caso trabalhe em algum desses setores.
O que realmente vai acontecer ninguém sabe… Espera-se uma reação do Congresso e a volta à normalidade, já que Hadad alega que as medidas são para compensar uma desoneração que já existia, logo, para compensar o que? Os gastos do governo, é claro!
No ano de 2023 tudo o que o governo fez foi aumentar impostos e gastar em abundância, tanto que o déficit fiscal para o ano deve fechar com um rombo de R$170 bilhões, só no mês de novembro tivemos o segundo maior da história, quase R$40 bi, pudera, a balança tem dois pratos um para a receitas e outro para despesas e em 2023 o governo só tentou equilibrar a balança aumentando impostos, sem se preocupar com as despesas…
Logo, se os recursos são finitos, e são, e se o governo não mexer no prato das despesas, a balança não se equilibrará nunca, ou, para que isso aconteça, os impostos subirão a um ponto que eventualmente não suportaremos pagá-los
Ao que parece, a disposição do governo não é a de se preocupar com as despesas, só nesse ano ele praticamente dobrou o número de ministérios, com a consequente contratação de pessoal, principalmente os comissionados, o que se refletiu na diminuição do desemprego da Pnad Contínua é verdade, conforme comentamos acima, só que neste caso quem paga conta somos nós.
Para se ter uma ideia, o governo anterior começou uma reforma administrativa, com a implantação de tecnologia e o aumento da produtividade, o que permitiu enxugar a máquina pública, deixando-a com os menores números de servidores públicos desde 2009, mas, Lula já disse que isso é um absurdo e que o governo precisa contratar pessoal para repor o número de servidores que existia antes, um absurdo, para que serviu então os investimentos em tecnologia?
As estatais também contribuem para o orçamento, quando dão lucro nós nos beneficiamos, já que o estado é o maior acionista, e quando dão prejuízo quem paga as contas somos nós, nos últimos cinco anos as estatais nunca deram prejuízo, em 2022 os lucros das estatais superaram os R$200 bilhões, entretanto, agora, as estatais deverão fechar 2023 com prejuízos de quase R$6 bilhões, inacreditável…
Com esses dados podemos esperar novo ano melhor que o atual?
A resposta é sim, pois esperamos que os bons fluidos advindos do exterior, com o início do controle da inflação e do aumento do PIB na Europa e nos EUA, com os bons resultados do comércio internacional, com o mundo já adaptado economicamente à guerra da Ucrânia, com o Oriente médio começando a discutir uma forma de por fim ao conflito, possa nos trazer um ano novo muito melhor!
Um Feliz Ano Novo a todos, que venha um excelente 2024!