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Gislene Teixeira: Sexóloga
Culturalmente fomos criados ouvindo, assistindo e lendo lindas histórias de contos de fadas, com príncipes e princesas que sempre terminavam com final feliz. E assim, alimentamos nosso imaginário sobre relacionamentos românticos e amorosos. Certamente, lindo de ser ver, de arrancar suspiros e purpurinar as fantasias, porém, na vida real, nem sempre é exatamente assim que acontece. Claro, também não quer dizer que seja exatamente o oposto de tudo isso. Mas, então, o que podemos aproveitar desse mundo imaginário, cheio de fantasias e faz-de-conta em nosso mundo real?
Podemos criar o nosso ideal de relacionamento, sim, é possível fantasiar também, por sinal, é bastante importante, mas temos que pensar estrategicamente. Quero dizer, vamos idealizar, fantasiar, vamos para o macro, e depois, vamos lapidando, transformando o nosso ideal em real e trazendo para o micro, para o simples para entrar no nosso dia-a-dia.
Perceberam que eu mencionei, “nosso ideal”? Sim, essa parte é a mais importante, pois cada pessoa é única, cada relacionamento construído é único, portanto, não vale, pegar o ideal, o modelo de relacionamento do outro e querer que caiba na nossa realidade. E essa é uma dica daquelas que se prestarmos atenção, ela é daquelas valiosas, poderosas, aquelas de um milhão de dólares.
Relacionamentos são complexos, mas são possíveis de serem construídos, alicerçados, estruturados e bem vividos. A grande questão é que ninguém nunca nos ensinou como construir relacionamentos. Assim, aprendemos no método da tentativa e erro, erros e acertos, expectativas e desilusões, cair e levantar. E ainda, muitas vezes, atrevemos a nos apegar aos “modelos” alheios, com plena convicção de que o nosso resultado será o mesmo: felizes para sempre, aquele que vivemos em uma busca eterna, diária e cotidiana.
Mas, antes de tudo isso, precisamos entender muitas coisas simples, mas de extrema relevância. Façamos uma analogia com um bolo, sim, quando vamos preparar um bolo. Quando vamos preparar um bolo, pegamos a receita, conferimos se temos todos os ingredientes necessários, separamos, preparamos a massa, checamos a temperatura do forno, aquecemos e pronto. Só esperar aquele bolo fofinho, delicioso, cheiroso, quentinho, bonito ficar pronto para devorarmos. Você deve estar se perguntando, mas, o que isso tem a ver com a construção de relacionamentos saudáveis?
Tem tudo a ver, pois não se começa um relacionamento sem saber qual “resultado” esperar dele, sem estar ciente de todos os “ingredientes” necessários, e conferir cada um deles. E nesse caso, a “receita” é dobrada, sim, tudo em dobro, pois um relacionamento é composto por duas pessoas que devem investir em proporcionalidade para alcançar os resultados, que obviamente, já foram discutidos e combinados, e os dois sabem exatamente para onde caminham, isto é o ponto de partida e o ponto de chegada dessa longa parceria e caminhada.
Voltemos ao bolo, para prepará-lo, precisamos de farinha, ovos, leite, fermento dentre outros ingredientes mas quais são os ingredientes para um relacionamento? Eu costumo de chamá-los de “auto combo”, digo: autoestima, autovalor, autorresponsabilidade, autorrespeito, amor-próprio, autoimagem, autorrealização, dentre vários outros “ingredientes”.
Entrar em um relacionamento sem estar com esses “ingredientes” bem estruturados, alinhados e acolhidos é no mínimo uma prévia de que esse “bolo” vai embatumar. Bolo embatumado é um bolo que não cresceu, ficou massudo, pesado e que não será prazeroso sua degustação, não terá o doce prazer de saborear a fina iguaria.
E mais que isso, inevitavelmente virá o questionamento: onde foi que eu errei? Vai rever a receita, os ingredientes, a quantidade, a QUALIDADE, TEMPERATURA e TEMPO de forno. É isso: qualidade, temperatura e tempo são os principais segredos a serem observados na construção de um relacionamento saudável, prazeroso, longevo e feliz. E lembrando para toda construção é preciso, é condição inquestionável e inegociável que seja realizada à dois, pois se apenas um investir nessa construção, e for colocado de forma desigual na “forma”, na hora de desenformar o bolo, ele rachará no meio, pois estava em desequilíbrio e desarmonia, e provavelmente também com o calor não tendo sido distribuído de forma homogênea, há chances bastante intensas, de estar “embatumado”, e como já sabemos, de difícil apreciação e degustação.
E então, agora anota ai: qualidade, temperatura e tempo. Depois, eu volto para explicar melhor cada um desses itens dessa tríade. Afinal, não queremos nada embatumado por aqui.
Acompanhe nossa coluna, venha comigo para construirmos e caminharmos juntos por essas alamedas dos relacionamentos. Comente e compartilhe, interaja comigo, quero muito saber suas impressões sobre nossas reflexões.
Obrigada, até o próximo texto, e me sigam também nas redes sociais.
Gislene Teixeira
Especialista em relacionamento e sexóloga.
@gislenesexologa, @gisleneteixeira
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