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Aqui em nossa coluna “Pilando a verdade com o Prof. Pilão” trouxemos em nossos dois últimos textos uma reflexão sobre a Guerra na Ucrânia e os seus reflexos no mundo por meio da inflação.
Infelizmente essa guerra desproporcional completa hoje, 03/06/2022, 100 dias sem uma previsão para o seu final, segundo Kiev, a Rússia já tomou 20% de seu território, mas continuam resistindo, por sua vez, as tropas Russas continuam progredindo e fechando o cerco na região de Donbass.
Os textos que escrevi, também infelizmente, ainda estão muito atuais, assim, recomendo àqueles que desejarem um panorama rápido dos acontecimentos que os leiam: “A guerra na Ucrânia – a quem interessa?” e a “Inflação, a vilã da vez”.
Como disse, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia é na verdade um pano de fundo para uma batalha geopolítica muito maior, entre duas das mais importantes economias mundiais, de um lado os EUA, por meio da OTAN, e de outro a ascensão da China no mundo, claramente aliada à Rússia – como consequência a guerra está distante de acabar…
Em função disso e do agravamento da Covid 19, principalmente na China, continuamos travando duas guerras ao mesmo tempo com fortes reflexos mundiais, já que ambas continuam fazendo vítimas no front e por meio do vírus que continua contaminando pelo mundo afora. Sobre elas, as principais notícias que vemos, ouvimos e lemos nesses primeiros dias de junho/2022 são:
Pelo exposto acima fica claro que a alta da inflação na zona do euro, que bateu novo recorde ao atingir a marca de 8,1% ao ano, não é um fenômeno exclusivamente do velho continente, que o diga os Estados Unidos da América, que em abril/2022 também bateu seu recorde de inflação em mais de 40 anos chegando à casa dos 8,5% ao ano.
É claro também que países emergentes como o Brasil, Argentina, e demais países da América do Sul sofrem tanto quanto, ou até mais, que as nações mais desenvolvidas.
A título de exemplo, na Argentina a inflação em maio ultrapassou a casa dos 65% ao ano, no Uruguai 9,37% ao ano, no Paraguai 11,8%, do Chile 10,5%, sem falar na Venezuela, detentora de dois recordes: o da maior reserva de petróleo do planeta e da maior inflação das Américas, que segundo estimativas deve chegar a mais de 500% ao ano em 2022.
Serve de alento o fato do lockdown chinês ajudar a equilibrar o consumo de petróleo, uma vez que a China é uma das maiores consumidoras do insumo e, paralisada a sua economia em função da Covid 19, o volume produzido de óleo equilibra o consumo no restante do mundo.
Embora os suprimentos de petróleo ainda estejam muito apertados, notícias vindas dos EUA apontam que as reservas norte-americanas já foram praticamente restauradas, os números de 03/06/2022 do American Petroleum Institute (API) mostraram que os estoques de petróleo dos Estados Unidos aumentaram 1,8 milhão de barris, o que ajuda a segurar um pouco a inflação.
Entretanto, com a decisão da China de reabrir gradativamente suas cidades, a partir do dia 1º de junho, informação muito esperada por todos, os seus efeitos se refletirão rapidamente no mercado, some-se a isso a possibilidade de petroleiros noruegueses entrarem em grave a partir da próxima semana, o que fez com que contratos de petróleo para entrega em julho já estejam cotados a mais de US$120 o barril, ou seja, a melhora definitiva demorará ainda um pouco mais.
Frente a tudo isso, como estamos nós nesse cenário?
Os números divulgados nos primeiros dias deste mês de junho trazem muito boas notícias, eu diria que o Brasil vai muito bem obrigado! Mas esse é um assunto para novo texto que lhes mandarei já nos próximos dias.