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E AS GUERRAS CONTINUAM…

Aqui em nossa coluna “Pilando a verdade com o Prof. Pilão” trouxemos em nossos dois últimos textos uma reflexão sobre a Guerra na Ucrânia e os seus reflexos no mundo por meio da inflação.

Infelizmente essa guerra desproporcional completa hoje, 03/06/2022, 100 dias sem uma previsão para o seu final, segundo Kiev, a Rússia já tomou 20% de seu território, mas continuam resistindo, por sua vez, as tropas Russas continuam progredindo e fechando o cerco na região de Donbass.

Os textos que escrevi, também infelizmente, ainda estão muito atuais, assim, recomendo àqueles que desejarem um panorama rápido dos acontecimentos que os leiam: “A guerra na Ucrânia – a quem interessa?” e a “Inflação, a vilã da vez”.

Como disse, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia é na verdade um pano de fundo para uma batalha geopolítica muito maior, entre duas das mais importantes economias mundiais, de um lado os EUA, por meio da OTAN, e de outro a ascensão da China no mundo, claramente aliada à Rússia – como consequência a guerra está distante de acabar…

Em função disso e do agravamento da Covid 19, principalmente na China, continuamos travando duas guerras ao mesmo tempo com fortes reflexos mundiais, já que ambas continuam fazendo vítimas no front e por meio do vírus que continua contaminando pelo mundo afora. Sobre elas, as principais notícias que vemos, ouvimos e lemos nesses primeiros dias de junho/2022 são:

  • Os EUA enviarão mísseis a Kiev – a Rússia reage com ameaças de mobilização de força nuclear após Biden prometer armas à Ucrânia.
  • A Rússia disse que cortará o fornecimento de gás para Dinamarca – que se nega a pagar o gás russo em rublos – essa é uma resposta do Kremlin às sanções internacionais impostas a Moscou, o gás russo representa 18% do consumo de energia da Dinamarca.
  • Com essa decisão somam-se cinco os países que não concordaram em pagar o gás russo em rublos e tiveram o seu fornecimento cortado por parte da Rússia: Polônia, Bulgária, Finlândia, Holanda e agora também a Dinamarca.
  • Como parte do sexto pacote de sanções da OTAN contra a Rússia, foi fechado um acordo na União Europeia com embargo ao petróleo russo distribuído pelo mar. Segundo o presidente do Conselho da UE, Charles Michel, o acordo permite o embargo a mais de 2/3 das importações de petróleo da Rússia, o que “minaria” os recursos financeiros russos, mas, como consequência os preços do barril de petróleo no mundo batem recordes, para muitos especialistas essa é uma crise ainda maior do que a dos anos 70 e 80, pois envolve também o gás.
  • A Ucrânia está com as suas exportações de cereais paralisadas dede meados de março, em função do bloqueio naval imposto pela Rússia, com impacto direto na segurança alimentar mundial. Antes da guerra a Ucrânia exportava por navios cerca de cinco milhões de toneladas de grãos por mês, em março/2022 esse volume caiu para cerca de 200 mil toneladas. Em quatro meses isso representa que o mercado ficou sem acesso a mais de 20 milhões de toneladas de cereais e outras culturas ucranianas.
  • A inflação na zona do euro atingiu a marca de 8,1% até maio, após uma alta de 7,4% em abril, esse é o sétimo recorde consecutivo de aumentos anuais de preços ao consumidor na União Europeia. O aumento anual recorde dos preços ao consumidor foi impulsionado pelo aumento dos custos de energia, que atingiu 39,2% ante 37,5% em abril; e um aumento de 7,5%, ante 6,3% em abril, nos preços de alimentos, o que explica esse recorde.
  • A volatilidade contínua do mercado de energia, principalmente petróleo, devido as sanções impostas à Rússia e o aumento dos preços dos alimentos são os principais motivos do aumento inflacionário em todo o mundo.
  • A Pandemia, por sua vez, levou ao fechamento de importantes cidades chinesas, o lockdown parcial ou total, foi a arma utilizada pelo governo para conter o novo surto de Covid 19, o que ajudou a intensificar as pressões inflacionárias por todo o mundo.
  • O lockdown chinês fez com que as perspectivas de crescimento global piorassem ainda mais, a queda na atividade econômica no país teve como consequência um grave problema de falta de peças produzidas na Ásia e exportadas para todo o mundo, isto somado ao conflito no leste europeu, pressionaram fortemente as cadeias de suprimentos globais.

Pelo exposto acima fica claro que a alta da inflação na zona do euro, que bateu novo recorde ao atingir a marca de 8,1% ao ano, não é um fenômeno exclusivamente do velho continente, que o diga os Estados Unidos da América, que em abril/2022 também bateu seu recorde de inflação em mais de 40 anos chegando à casa dos 8,5% ao ano.

É claro também que países emergentes como o Brasil, Argentina, e demais países da América do Sul sofrem tanto quanto, ou até mais, que as nações mais desenvolvidas.

A título de exemplo, na Argentina a inflação em maio ultrapassou a casa dos 65% ao ano, no Uruguai 9,37% ao ano, no Paraguai 11,8%, do Chile 10,5%, sem falar na Venezuela, detentora de dois recordes: o da maior reserva de petróleo do planeta e da maior inflação das Américas, que segundo estimativas deve chegar a mais de 500% ao ano em 2022.

Serve de alento o fato do lockdown chinês ajudar a equilibrar o consumo de petróleo, uma vez que a China é uma das maiores consumidoras do insumo e, paralisada a sua economia em função da Covid 19, o volume produzido de óleo equilibra o consumo no restante do mundo.

Embora os suprimentos de petróleo ainda estejam muito apertados, notícias vindas dos EUA apontam que as reservas norte-americanas já foram praticamente restauradas, os números de 03/06/2022 do American Petroleum Institute (API) mostraram que os estoques de petróleo dos Estados Unidos aumentaram 1,8 milhão de barris, o que ajuda a segurar um pouco a inflação.

Entretanto, com a decisão da China de reabrir gradativamente suas cidades, a partir do dia 1º de junho, informação muito esperada por todos, os seus efeitos se refletirão rapidamente no mercado, some-se a isso a possibilidade de petroleiros noruegueses entrarem em grave a partir da próxima semana, o que fez com que contratos de petróleo para entrega em julho já estejam cotados a mais de US$120 o barril, ou seja, a melhora definitiva demorará ainda um pouco mais.

Frente a tudo isso, como estamos nós nesse cenário?

Os números divulgados nos primeiros dias deste mês de junho trazem muito boas notícias, eu diria que o Brasil vai muito bem obrigado! Mas esse é um assunto para novo texto que lhes mandarei já nos próximos dias.

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