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ENTREGA DO OSCAR 2022 como a falta de empatia pode comprometer o show da vida

Professor Nivaldo Pilão

 

Nos dicionários da língua portuguesa o que não faltam são definições para a palavra empatia, a maioria delas expressam que trata-se da “capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria” em uma determinada situação.

Na noite do último domingo, dia 27 de março, na festa da entrega do Oscar 2022, nem mesmo o fato do ator Will Smith ter sido premiado por sua atuação no filme “King Richard: Criando campeãs”, inspirado na vida do pai/treinador de duas das mais famosas lendas do tênis mundial, Serena e Venus Williams, foi o fato mais comentado, o que “roubou a cena” foi a bofetada desferida por Will no ator/comediante Chris Rock, apresentador encarregado de anunciar o vencedor do prêmio de melhor documentário.

No palco Chris Rock antes de anunciar os concorrentes ao prêmio de melhor documentário começou a fazer piadas com alguns casais que estavam na plateia, até que sem ter a menor empatia pela esposa de Will, Jada Pinkett Smith, que acompanhava o marido na festa na qual foi indicado ao Prêmio do Oscar de melhor ator, em rede mundial, resolveu fazer a seguinte piada sobre Jada “mal posso esperar por Até o Limite da Honra 2”, disse o comediante em referência a calvicie de Jada e ao filme de 1997, no qual a atriz Demi Moore interpretou uma militar com os cabelos raspados.

Ele fez essa piada sobre Jada Smith pelo fato dela estar na festa com os cabelos raspados, motivado por ser portadora de uma doença autoimune que provoca alopecia, evidentemente sem ter a menor empatia nem com ela e nem com o marido que não teve dúvidas, levantou-se, subiu ao palco e desferiu uma bofetada em Chris Rock e gritou em alto e bom som “mantenha o nome da minha esposa fora da sua boca”, em meio a palavrões.

Alguns irão dizer que Smith não deveria ter feito isso, que extrapolou ao agredir Rock, outros dirão que foi no mínimo absoluta falta de sensibilidade do comediante fazer a brincadeira com um problema de saúde tão grave e que, em função disso, mereceu a agressão.

O fato é que agressão não cabe em momento algum, sob nenhuma circunstância, mas também é fato que muitos comediantes, tanto aqui no Brasil, como em todo o mundo, tem extrapolado e muito os limites da civilidade com suas piadas de mau gosto, em nome de uma suposta arte temos visto cenas tão odiosas como esta, que no caso poderia ter comprometido totalmente um evento glamouroso transmitido ao vivo para todo o mundo, fruto da pura demagogia que impera hoje, justificada pelo “politicamente correto” que defende que em nome da arte tudo pode, que tudo vale…

Será que pode mesmo? Será que vale mesmo?

Você já experimentou fazer um exercício de empatia e colocar-se no lugar de Smith, vendo sua esposa, sua mãe, ou uma filha sendo exposta, ridicularizada ao vivo para o mundo todo, em plena cerimônia da entrega do Oscar? Qualquer pessoa com um mínimo de empatia entenderia a reação intempestiva de Smith, que repito, deve ser evitada mesmo nesta situação.

O fato é que o politicamente correto tem feito muitas vítimas, vale lembrar que os termos mais utilizados nos últimos tempos são a “lacração” e o “cancelamento”, capazes até mesmo de destruir reputações construídas ao longo de anos de trabalho e dedicação. Não estou defendendo a agressão de Will Smith, estou questionando a postura da sociedade frente a uma realidade que está aí, escancarada, para todo mundo ver.

Quando falamos do caso do Oscar 2022 é claro que é horrível, mas, por pior que seja ainda assim atinge diretamente algumas poucas pessoas.

O problema é que isso não se restringe a fatos menos relevantes, mas, a todos os setores e todos os assuntos, já que o politicamente correto não permite uma discussão mais profunda até mesmo de fatos muito sérios que interferem nas nossas vidas.

Por exemplo, temos hoje uma guerra acontecendo na Europa Oriental, mais especificamente na Ucrânia, com derramamento de sangue transmitido ao vivo para os quatro cantos do mundo, com uma audiência que parece se anestesiar com as imagens repetidamente mostradas, sem conseguir fazer uma análise mais ampla do que está por de trás dessa guerra, sem questionar a quem interessa fazer com que um país com muito menos recursos bélicos como a Ucrânia se contraponha ao poderio bélico da Rússia?

Será que esta não é uma pergunta que deve ser feita?

Na próxima postagem da nossa coluna “Prof. Pilão – pilando a verdade” vamos tratar desse assunto – a Guerra na Ucrânia, para auxiliar nossos leitores a desvendarem um pouco mais essa questão.

O Prof. Pilão é Administrador, Mestre em Administração e Doutor em Engenharia de Produção, com mais de 35 anos de experiência na FGV, FACAMP, SUSTENTARE e no UNIFIEO, onde foi Reitor no biênio 2020/2021.

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