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INFLAÇÃO – A VILÃ DA VEZ

Professor Nivaldo Pilão

O efeito das guerras em nosso dia a dia

Aqui em nossa coluna, “Pilando a verdade com o Prof. Pilão” nesta semana vamos repercutir um pouco sobre um dos impactos da guerra em nosso dia a dia, principalmente na inflação.

Além das obvias questões humanitárias, em maior ou menor grau, todos os países do mundo estão sendo impactados pelo conflito Ucrânia x Rússia, aliás, exatamente no momento em que estamos tentando sair de uma pandemia, que já dura mais de dois anos, e voltar à normalidade.

No meio de todos os reflexos decorrentes desse novo cenário, competidores e parceiros mundo afora vêm tentando conduzir suas nações buscando o menor impacto possível sobre as suas populações.

Por exemplo, obviamente que a par de questões humanitárias e do sofrimento do povo ucraniano, a guerra vem agravando a inflação que passa a ser a “vilã da vez”, todos os países do mundo tentam combatê-la, cada um a seu modo.

Isso faz com que embora as causas da inflação sejam comuns a todos os remédios para combatê-la, provavelmente, sejam diferentes, mesmo que em sua intensidade, já que ela impacta de maneira diferente diferentes sociedades.

A verdade é que vivemos na sequência duas grandes guerras: a primeira com a pandemia que vitimou milhões de pessoas causando mortes, desemprego, pobreza e um descompasso sem precedentes nos últimos anos da demanda e da oferta de produtos e serviços, uma vez que grande parte da capacidade de produção foi paralisada pelas restrições de circulação – os “lockdowns”.

Embora com uma demanda reprimida de muitos produtos e serviços, pois, as pessoas estavam, em grande parte, “proibidas de circular”, portanto, de consumir, alguns produtos e serviços, como os alimentos, por exemplo, continuaram a ser demandados na mesma velocidade e até em maior quantidade em alguns casos, em função dos auxílios governamentais às populações mais carentes. O mesmo correu com os serviços de saúde, tivemos que recorrer a hospitais em busca de alívio para nossas enfermidades.

Uma consequência óbvia: tivemos de cara uma inflação de demanda, principalmente de alimentos, medicamentos, serviços e equipamentos médicos/hospitalares, com ausência, ou oferta insuficiente de muitos produtos e serviços, como vacinas, leitos hospitalares e respiradores, por exemplo.

Com a pandemia relativamente sob controle e os países buscando a sua retomada econômica, encontramos uma cadeia produtiva, que pelos mesmos motivos, estavam em descompasso, sem capacidade de suprir as indústrias com os insumos – das partes e componentes necessários para oferecer à sociedade os produtos e serviços dos quais estávamos ávidos em consumir.

Uma consequência óbvia: passamos a ter também uma inflação de custos, principalmente de produtos manufaturados, com destaque para os que se utilizam de chips e semicondutores, como praticamente toda a linha produtos modernos – computadores, celulares, eletrodomésticos, automóveis, etc.

Quando a cadeia produtiva, ainda longe de se normalizar, mas, bem melhor, mais robusta e responsiva, começa a se equilibrar, nos deparamos com a guerra entre Ucrânia x Rússia e as sanções impostas a Rússia pela OTAN, lideradas pelos EUA que, sem julgamento do mérito, não é um ataque apenas à Rússia, mas a todo o mundo  – veja nosso texto da semana passada nesta coluna. Isso trouxe como consequência uma diminuição de oferta de petróleo, além de gás e outras commodities, como fertilizantes, trigo, milho, etc.

Uma consequência óbvia: além da inflação de demanda e de custos, temos o início de uma Inflação estrutural, ocasionada pela precariedade da infraestrutura produtiva global em atender a demanda.

Essas questões se refletem diretamente em nosso dia a dia, com aumento de preços percebidos no mundo afora, mesmo os países que nas últimas décadas não tiveram que se preocupar muito com a inflação tem suas populações sofrendo com esse fenômeno que, ao que tudo indica, será duradouro e trará uma desaceleração do crescimento mundial.

PAÍSES Inflação 2021 Inflação Março/2022 Inflação 12 meses Preço da Gasolina Maior Inflação em
Alemanha 5,69% 2,50% 7,30% R$ 10,90 40 anos
Brasil 10,06% 1,62% 11,30% R$ 6,70 28 anos
Chile 7,20% 1,90% 9,40% R$ 6,90 13 anos
Estados Unidos 7,00% 1,20% 8,50% R$ 5,85 40 anos
França 3,39% 0,75% 5,08% R$ 11,00 42 anos
Inglaterra 5,40% 0,80% 7,00% R$ 9,65 30 anos

Obs: Os números aqui expressos estão vastamente disponíveis nos sites de notícias; Valores aproximados; Inflação na Europa utilizou-se o IPC; Gasolina US$1,00 = R$5,00

Lembro que os países da Europa e Estados Unidos trabalham com metas de inflação inferiores a 2% ao ano. A pergunta então é: o que fazer para frear esse processo inflacionário?

Os reflexos e os remédios a serem aplicados não são bons: aumentos de preços, juros altos, diminuição do poder de compra, desabastecimento, crescimento reduzido, mercado de trabalho em ritmo lento, mercado financeiro extremamente volátil com aversão a risco e dinheiro migrando para renda fixa.

Por quanto tempo teremos esse fantasma assombrando as nossas vidas?

Não existe uma resposta para essa pergunta, só sabemos que não será por pouco tempo, ao que tudo indica os Estados Unidos e a OTAN não pretendem afrouxar as sanções à Rússia, entretanto, vale lembrar que ações semelhantes não resultaram em sucesso, só para dar um exemplo, em 1959 os EUA aplicaram sansões a Cuba que permanecem até hoje, sem efeitos práticos.

Claro que a Rússia não é Cuba e ninguém deseja “quebrar” a Rússia, mas a continuar assim, a infraestrutura Ucraniana que já está muito debilitada será praticamente destruída, principalmente próximas dos portos do Mar Morto, acarretando mais escassez.

Será que não existem respostas mais simples e menos dolorosas para o problema? Tudo indica que não. Por exemplo, congelar preços pode parecer um alento e pesar menos no bolso dos consumidores, mas, os exemplos recentes não recomendam, vejam os casos da Argentina e da Venezuela.

A Argentina, por exemplo, optou por esse caminho e não se deu bem, tudo indica que vão seguir a mesma trilha da Venezuela, ou seja, embora ofereçam a gasolina a R$3,30 por litro, tiveram uma inflação de 50,9% em 2021 que, só neste mês subiu mais 6,7% elevando-a a 52,3% ao ano.

A Venezuela? Só em 2021 amargou uma inflação de 686,6% e um grande desabastecimento, mesmo com gasolina a R$0,12 e os preços controlados.

Por fim, deixo aqui a minha esperança de que os envolvidos no conflito voltem a conversar para encontrarem uma saída honrosa para as duas partes, claro que não é uma missão simples, e nem será feita regada a cerveja em uma mesa de bar, mas, temos visto que quanto maior o aperto, maior a truculência.

Hoje, 18/04/2022, segundo a Agência Sputnik, Putin afirmou que o Ocidente falhou em seus objetivos, que as sansões impostas à Rússia foram feitas “para enfraquecer a situação econômico/financeira da Rússia e provocar pânico nos mercados, colapso do sistema bancário e escassez em grande escala de bens em lojas. Mas é seguro dizer que tal política em relação à Rússia falhou”.

E acrescentou “as sanções não foram isentas de custos para os próprios
iniciadores, refiro-me ao aumento da inflação e do desemprego, à
deterioração da dinâmica econômica nos EUA e nos países europeus, ao
declínio do nível de vida dos europeus e à desvalorização das suas
poupanças”.

Só acrescento, que esses reflexos não só para a Europa e Estados Unidos, nós e o resto mundo também sentimos isso na pele!

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