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NO BRASIL AS BOAS NOTÍCIAS CONTINUAM Embora o mundo apresente uma conjuntura muito complicada…

Texto Nº 9 – Pilando a verdade com Prof. Pilão – 15/10/2022

 

Os dados divulgados hoje pelos principais órgãos de pesquisas econômicas daqui e do exterior trazem duas certezas: a primeira certeza é que se avizinha no mundo uma grave recessão, alguns analistas falam em meses e outros até mesmo em anos – ao que tudo indica esse período depende muito da capacidade dos bancos centrais dos países desenvolvidos controlarem a inflação e dos rumos que irão tomar a guerra na Ucrânia, assim, o futuro não é animador, já que uma solução para a inflação internacional e a guerra não deve acontecer tão cedo.

Vamos aos fatos: saiu hoje o CPI, sigla em inglês para o índice de preços ao consumidor dos EUA, do mês de setembro e ele voltou a subir são mais 0,4% de inflação, anualizando os americanos amargam impensáveis 8,2% ao ano, mesmo depois do FED, sigla em inglês equivalente ao banco central do Brasil, já ter subido a taxa de juros por lá em 0,75% no mês passado, logo, uma nova alta virá.

A solução é difícil, mas a explicação é simples: a continuidade da guerra aumenta os custos de energia e alimentos no mundo todo, principalmente nos países ricos da Europa e EUA, dependentes desses insumos vindos da Rússia e da Ucrânia, e as altas de preços causam inflação que descontrola a economia.

Para manter as sanções impostas ao regime de Putin esses países tem tido que suportar vários aumentos de preços, já que não existem fornecedores suficientes no mundo para equilibrar a demanda. Resultado, em setembro a inflação da Zona do Euro atingiu 10% ao ano e, como já dissemos a dos EUA 8,2%.

Esse movimento: os preços sobem, os países tem que aumentar os juros para diminuir o consumo na tentativa de conter a inflação, sobem juros o dólar sobe junto com a promessa dos investidores de receber mais e com menor risco no mercado financeiro do que correndo atrás do lucro em suas operações produtivas, caem os investimentos, cai o consumo, a causa é a recessão.

O pior é que esse fenômeno traz consigo um círculo vicioso sobe inflação, sobem juros, sobe dólar, caem os negócios, mais recessão – um ciclo difícil de quebrar.

A segunda certeza é que aqui no Brasil as coisas caminham bem. Na nação tupiniquim ao que parece os resultados do 1º turno, vejam um resumo em https://www.novadifusora.com.br/eleicoes-no-brasil-fim-do-1o-turno-hora-de-fazer-um-balanco/, fizeram com que bons ventos continuassem soprando.

Vamos aos fatos: saiu hoje o Índice de Confiança do Empresário Industrial, ele continua positivo em 60,2 pontos em outubro, embora tenha caído 2,6 pontos, vale lembrar que acima de 50 pontos aponta para crescimento.

Tudo indica que a inflação de 2022 deve ficar muito próxima da meta, algo em torno de 5,5% ao ano. Com o IPCA de setembro divulgado no último dia 11 de outubro pelo IBGE apontando queda de mais 0,29% e um acumulo em 2022, até agora de 4,09%, trata-se da terceira queda consecutiva, com um acumulado em 12 meses de 7,17%. Por sua vez, o IPC divulgado pela FIPE apontou uma inflação de 012%, com um acumulo em 2022 de 5,77% e em 12 meses de 8,21%.

Outro dado bastante importante é a pesquisa mensal dos Serviços divulgada pelo IBGE, subiram 0,7% em agosto ante julho, surpreenderam positivamente, muito acima das projeções de +0,2%, aliás, é importante ressaltar que todos os índices de inflação também ficaram muito abaixo das expectativas calculadas no início de 2022, mais importante ainda, o IPEA divulgou hoje que o item “alimentos e bebidas” aponta uma queda ainda maior, em dois meses são cerca de 10%.

No dia 11/10/2022 o FMI manteve a previsão de crescimento do PIB do Brasil para 2022 aumentando para 2,8%, por sua vez no mesmo dia, a CNI – Confederação Nacional da Indústria aponta que o PIB brasileiro deve crescer 3,11% neste ano e espera um crescimento de 2% em 2023, seguramente um dos maiores do mundo. A entidade também projetou que ao final do ano a inflação deve ficar em 5,9%, com mais de US$51,3 bilhões de superávit de exportações. Também em 11/10/2022 mais um índice divulgado demonstra o bom momento da economia, o INPC do IBGE caiu 0,32% em setembro em relação a agosto.

Dois últimos índices importantes para comprovar o bom momento do Brasil são a divulgação pela Febraban – Federação Brasileira de Bancos, em 10/10/2022 as projeções para o mercado de crédito no Brasil, em 2022 entre setembro e outubro, passando de expansão de 11,4% para 13,9%, patamar muito próximo da projeção divulgada recentemente pelo Banco Central, que prevê aumento de 14,2% este ano – mais crédito, mais crescimento.

O segundo índice divulgado em 30/09/2022 foi o número de desempregados no Brasil, que também ratifica esse cenário, segundo o IBGE o desemprego ficou em 8,9%, ou 9,7 milhões de pessoas no período, ante as 9,9 milhões na divulgação anterior. A coordenadora da pesquisa da Pnad Contínua, Adriana Beringuy, afirmou que “O mercado de trabalho segue a tendência demonstrada no mês passado, continuando o fluxo que ocorre ao longo do ano, de recuperação”, o que permite inferir que devemos chegar ao final do ano com o índice de desemprego chegando em torno de 8%.

Pelo que foi aqui demonstrado tudo indica que o mundo continuará tumultuado, mas, ao que parece, o Brasil deve seguir ainda por algum tempo à margem desse cenário, crescendo e mostrando ao mundo que a lição de casa foi feita.

Aliás, em 04/10/2022, Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central do Brasil, foi escolhido pelo Latin Finance Banks of the Year Awards como o presidente do ano dentre todos os bancos centrais da América Latina.

Vale lembrar que já em 2021 Campos Neto também foi eleito pela The Banker, uma das mais importantes revistas britânicas especializada em finanças do mundo, como o melhor presidente dos bancos centrais na categoria Global e Américas. O prêmio Central Banker of the Year, em sua sétima edição, homenageou aqueles que mais conseguiram estimular o crescimento e estabilidade de suas economias.

A publicação cita que poucos países foram tão afetados pela pandemia do novo coronavírus quanto o Brasil, que tem se saído muito bem.

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