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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nos últimos dias com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e sinalizou que vai indicar Cristiano Zanin para ocupar a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril deste ano. A indicação do pode ocorrer até o fim desta semana. Advogado do chefe do Executivo nos processos da Lava Jato, Zanin foi responsável por conseguir a absolvição de Lula nos escândalos investigados pela operação.
Desde que Lewandowski deixou a Suprema Corte, o nome de Zanin era tido como o favorito para substituí-lo. Apesar da relação pessoal com o advogado, o que poderia causar suspeitas sobre as intenções do presidente com a escolha por Zanin, Lula sempre deixou claro que gostaria de escolher uma pessoa próxima a ele.
Na última sexta-feira (26), Lula fez um churrasco no Palácio da Alvorada para reunir membros do governo e lideranças no Congresso Nacional, mas também convidou integrantes do STF, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Na conversa com os ministros, Lula informou que a indicação de Zanin é apenas questão de tempo.
Mesmo ciente do passado do advogado a favor de Lula, a avaliação de ministros do Supremo é de que isso não deve ser um grande empecilho para que Zanin faça parte do STF, visto que não é raro que as pessoas indicadas para ocupar uma cadeira da Corte tenham algum tipo de relação com o presidente que as escolhe.
No entanto, por mais que o Supremo demonstre ser receptivo com uma eventual indicação de Zanin, o mesmo não deve ocorrer no Senado, que é responsável por sabatinar os nomes escolhidos para o STF e votar se aceita ou não a escolha do presidente da República para a Corte.
Não é comum que os senadores rejeitem a nomeação — isso aconteceu apenas cinco vezes desde a fundação do Supremo, em 1890 —, mas Zanin terá de convencer os parlamentares de que a atuação dele na Corte não vai seguir os interesses de Lula, fazendo as tradicionais visitas aos gabinetes dos parlamentares em busca de votos.
JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO – 11.5.2022
Caso a nomeação seja confirmada, ele terá um teste de fogo já na sabatina, que é feita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Entre os parlamentares do colegiado está Sergio Moro (União Brasil-PR), que condenou Lula à prisão na Lava Jato. Além disso, alguns dos principais nomes da oposição integram a comissão, a exemplo de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Carlos Portinho (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES) e Ciro Nogueira (PP-PI).
A decisão de aprovar ou não o nome escolhido pelo presidente da República cabe ao plenário do Senado. São necessários pelo menos 41 votos a favor para que a indicação seja aceita.
Fonte r7 Notícias