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Nesta segunda-feira (04/07) a CIOESTE, Consórcio Intermetropolitano que congrega as principais cidades de nossa região, assinou um Protocolo de Cooperação com a Walvis Bay Corridor Group (WBCG), da Namíbia, África, de modo a pavimentar o caminho para um plano de ação que incentivará os negócios entre as cidades da CIOESTE e os integrantes da WBCG, parceria público privada namibiana que congrega órgãos de governo e empresas do País.
Existem muitas oportunidades futuras que esse protocolo pode trazer ao comércio entre nossas cidades e a região do sudoeste africano, que representa importante mercado do Continente. O Corredor logístico da WBCG possibilita acesso, entre outros, ao mercado do sudoeste africano e da África do Sul. Além disso, as oportunidades no Continente, em seu conjunto, são muito amplas. Basta lembrarmos os investimentos chineses na região. Desse modo, esse protocolo abre o caminho para o incremento do comércio, beneficiando as empresas da região Oeste e, sobretudo, a geração de emprego e renda regional
Para além disso, esse protocolo suscita uma reflexão sobre a importância do comércio exterior regional. Resolvemos então buscar alguns dados para vermos o andamento do intercâmbio, nos últimos anos.
Repare que, entre os anos de 2016 e 2019, antes da pandemia da Covid- 19, houve um incremento de 15% do intercâmbio comercial (que soma os dados de exportação mais importação), saltando de $5.774.379.402 (bilhões de dólares) para $6.672.532.818 (bilhões de dólares).
A região em si é deficitária. Em 2019 houve um déficit de $4.346.578.788 (bilhões de dólares) das cidades que congregam a CIOESTE, tendo o município de Barueri importado mais de 1,5 bilhões nesse ano. Lembrando que o déficit em si não representa, necessariamente, aspecto negativo, uma vez que pode ser implicar acesso a insumos e equipamentos industriais para a indústria de transformação (investimentos).
O intercâmbio comercial de mais de 6 bi anual denota a importância do comércio exterior para o conjunto das cidades da Grande Sp Oeste. A região, inclusive, já organizou dois Congressos e Seminários sobre o tema.
O recente protocolo entre o Consórcio e a WBCG representa esforço adicional importante, em prol do incremento comercial, da internacionalização das empresas da região,
e da geração de emprego e renda regional. É necessário avançarmos cada vez mais nessa direção e nas discussões entre órgãos representativos regionais e o setor privado.
Carlos Eduardo Perez
É formado em relações internacionais (USP) e colunista para assuntos internacionais